Crônicas por Braz Oliveira
Mineiro da gema, aquele que não teme a opinião dos outros quando se trata de sabores. Ele, sim, é capaz de cometer a heresia mais sagrada: tomar um vinho de qualidade com tira-gosto de torresmo pururuca.
Enquanto os sofisticados bebem seu Chardonnay com brie e crackers, o mineiro da gema prefere o simples, mas sublime, torresmo crocante. E não é qualquer torresmo, não. Tem que ser pururuca, aquele que faz você sentir o sabor da terra.
E os queijos suíços? Esqueça! Para o mineiro da gema, eles são como um time de futebol que não tem história. Os queijos daqui, feitos com amor e dedicação, são os verdadeiros campeões.
Ele não se importa com as risadas dos especialistas em vinhos, que dizem que o torresmo estraga o paladar. Para ele, é exatamente o contrário. O torresmo realça o sabor do vinho, como um bom amigo que sempre te faz rir.
E assim, o mineiro da gema vive sua vida, cometendo heresias gastronômicas com orgulho. Porque, no fim das contas, o que importa é o prazer de viver, e não a opinião dos outros.
Ele é um rebelde, um desafiador, um… mineiro da gema! E se você não entende isso, é porque não é daqui. E não há problema nisso. Cada um com seu vinho, seu queijo, ou seu torresmo, ainda que seja uma sagrada heresia.